Antigamente, as pessoas costumavam passar longos períodos sem se alimentar, já que precisavam correr atrás de caça ou buscar os próprios alimentos na selva. Mas hoje, temos acesso a toda comida que queremos e quando queremos. Por isso, acabamos ficando acima do peso, e muitas vezes nos sentindo mal com o nosso corpo. Esse é o seu caso? Se sim, não precisa se preocupar! O jejum intermitente pode ser a melhor opção de dieta para você, e este artigo ajuda a entender melhor sobre ele.
O que é o jejum intermitente?
Diferente das dietas “milagrosas” que vemos por aí, o jejum intermitente é comprovadamente efetivo para o nosso corpo, inclusive evitando ataques cardíacos, derrames, reduzindo a pressão sanguínea, e melhorando a saúde de pessoas acima do peso.
Ele funciona da seguinte forma: você passa um determinado tempo sem comer nada (somente bebendo água, café ou chá sem açúcar), e depois consome as refeições normalmente. O período pode variar bastante, mas é importante começar com pouco e aumentá-lo gradualmente, já que esse tipo de dieta pode ter algumas consequências que vamos apresentar a seguir.
Padrões do jejum intermitente
Há várias maneiras de combinar o período do jejum e o período de alimentação, eis algumas delas:
- Jejum noturno: Este é o nível mais básico do jejum. Nele, você faz a sua última refeição às 19h da noite e só come novamente às 8h da manhã do dia seguinte. O lado bom desse modelo é que, apesar de não ser o mais efetivo, você consegue 13 horas de jejum e dormirá na maior parte delas. Por isso, esse jejum pode ser feito todos os dias.
- Jejum 16/8: Nesta dieta, você come até às 20h do dia anterior e só começa a se alimentar normalmente ao meio-dia do dia seguinte. Este método é considerado fácil, mas pode ser particularmente complicado para quem está começando. Por isso, vá aos poucos até conseguir se adaptar à fome.
- Jejum Coma-Pare-Coma: Este tipo de jejum intermitente consiste em evitar comer absolutamente qualquer coisa do jantar de um dia até o jantar do outro (24h). Ele só pode ser feito uma vez por semana, mas pessoas mais experientes conseguem fazer até duas.
O que comer após o jejum?
Como vimos, o jejum intermitente consiste no ato de não comer por algum tempo – mas no período em que você pode comer, é importante escolher muito bem o tipo de alimento que você ingere. Recomendamos incluir proteínas, oleaginosas e outras comidas com gorduras boas, como o abacate, sementes e peixes. Além disso, é importante consumir fibras (com frutas e verduras), além de grãos, preferencialmente integrais, como feijões, arroz integral, macarrão integral, entre outros.
Diferente de outros tipos de dieta que são muito restritivas, no jejum intermitente você precisa ingerir a quantidade de calorias que o corpo necessita, mas é claro, sem exagerar. Por isso, esse tipo de dieta é o melhor para quem quer emagrecer sem parar de comer bem.
O jejum intermitente emagrece?
Durante o período de jejum, o nosso corpo não tem combustível vindo de fora, e por isso aprende a consumir a gordura para se manter em funcionamento. Porém, seu corpo leva um tempo para se adaptar, e por isso os resultados variam bastante. O emagrecimento pode demorar algum tempo com o jejum intermitente – mas quando esse tipo de dieta é feito da forma correta, os resultados virão e, o melhor, de forma segura. Mas não se esqueça: não adianta passar 16 horas sem comer e enfiar o pé na jaca depois!
Precauções
Como qualquer outra dieta, o jejum intermitente tem riscos que devem ser considerados. Antes de tudo, se você tem diabetes, problemas de pressão, obesidade, problemas no coração ou de colesterol, consulte um médico antes de iniciar qualquer dieta, e isso não vale somente para o jejum intermitente, mas para qualquer uma.
Alguns efeitos secundários que geralmente surgem no período de adaptação são tonturas, dores de cabeça, e falta de concentração. Além disso, pessoas com o IMC muito baixo, adolescentes na puberdade, ou idosos não devem fazer o jejum, a não ser que ele seja recomendado por um médico.