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Mitos e verdades sobre a salsicha

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Brasileiros costumam ter uma relação de amor e ódio com a salsicha de cachorro-quente, já que esse é um alimento de preço acessível, mas que não pode ser consumido em excesso por conta de alguns fatores, como o seu alto teor de sódio.

Além disso, você já deve ter ouvido falar sobre a possibilidade de a salsicha causar câncer, ou mesmo do procedimento de produção com ossos e restos de carnes, por exemplo. Mas será que isso é verdade? A seguir, confira alguns mitos e verdades sobre a salsicha que você talvez não soubesse.

A salsicha é feita com restos de carnes (Depende)

A matéria-prima da salsicha é, principalmente, carne mecanicamente separada, ou CMS. Essa carne costuma ser de porco ou de aves, e é extraída dos ossos dos animais por máquinas. Contudo, há regras estabelecidas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso da CMS na salsicha. Por exemplo, a legislação só permite 60% da CMS em salsichas mistas e 40% em salsichas de frango. 

A composição da salsicha pode variar consideravelmente dependendo da marca e do tipo de salsicha, por isso é importante ler a lista de ingredientes antes de comprar. Por exemplo, a salsicha “Viena” é considerada a mais pura, já que costuma conter apenas carne bovina.

Contém pedaços de ossos (Mito)

A salsicha não tem pedaços de ossos, já que eles são separados por máquinas antes do processamento da carne. Após o corte das carnes, elas são transformadas em um farelo homogêneo na mesma etapa em que são adicionados outros ingredientes, como amido e sal.

Tem aditivos químicos (Verdade)

Os aditivos químicos realmente estão presentes nas salsichas, e um dos mais comuns é um conservante chamado nitrito de sódio, que confere a cor rosa do alimento. Também podem ser adicionados à mistura o estabilizante pirofosfato de sódio, o antioxidante eritorbato de sódio e outros corantes naturais.

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Quando a salsicha incha é porque está estragada (Mito)

Em algumas regiões do Brasil, diz-se que quando a salsicha incha, ela está estragada. Isso não passa de um mito, apesar de haver a recomendação de que é preciso ferver a salsicha antes do consumo para eliminar microrganismos, o que causa esse inchaço. Além da absorção da água pelo alimento, o inchaço também pode ser causado pelo aumento da proteína de colágeno causada pela fervura.

Pode causar câncer (Verdade)

Carnes processadas em geral, como o bacon, presunto, hambúrguer e — sim — as salsichas têm uma relação direta com o câncer, mais precisamente com o câncer colorretal. A salsicha, assim como os outros alimentos ultraprocessados, são classificados como carcinogênicos pela Organização Mundial da Saúde, na mesma categoria dos cigarros e do amianto.

“Carne processada refere-se à carne que foi transformada por meio de salga, cura, fermentação, defumação ou outros processos para realçar o sabor ou melhorar a preservação”, explica a OMS. A salsicha de cachorro-quente, por exemplo, tem bastante sódio, conservantes e ingredientes artificiais, o que faz com que ela se encaixe na categoria de alimentos carcinogênicos. 

Seu invólucro é feito de plástico (Mito)

Geralmente, o invólucro usado nas salsichas é comestível e feito de matéria orgânica, e não de plástico como muitos pensam. Alguns materiais comumente usados para isso são tripas de celulose, intestinos de animais ou colágeno. Algumas marcas não vendem salsichas com invólucros — em vez disso, elas cozinham a carne em um invólucro plástico ou artificial e o removem antes de vender.

Assim, se você gosta muito de comer salsicha, agora já sabe o que é verdade e o que é mentira sobre esse alimento. 

“A salsicha é um ultraprocessado, mas fornece uma grande quantidade de proteínas. Isso pode contribuir para reduzir a desnutrição calórica. No entanto, é importante lembrar que é preciso consumir com moderação e este alimento deve fazer parte de uma dieta equilibrada para não ser prejudicial ao organismo”, explica Paulo Henkin, diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

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